Foi aprovado pela Câmara Municipal de Mogi das Cruzes, por unanimidade, em sessão ordinária realizada na tarde desta quarta-feira, 2, a Moção nº 109/2023 de autoria dos vereadores Policial Maurino (PODE) e Gustavo Siqueira (PSDB). A propositura lamentou o assassinato do soldado PM Patrick Bastos Reis ocorrido em 27 de julho de 2023.
Reis era soldado do 1º Batalhão de Polícia de Choque ROTA – Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar e estava no litoral paulista para realizar um patrulhamento na região, quando foi atacado por bandidos armados que efetuaram disparos atingindo o soldado PM Reis no tórax e outro policial na mão. Reis morreu no Pronto Atendimento da Rodoviária.
“É de se lamentar que quase todos os dias estejamos falando sobre os problemas da Segurança, e um policial que saiu para trabalhar normalmente infelizmente não voltou para casa, vítima de um sniper que agia em favor do tráfico de drogas. Faço aqui uma reflexão: até quando a nossa sociedade vai ficar refém dos bandidos, até quando a nossa sociedade será vítima, até quando nossa sociedade não terá paz. Os bandidos quando entram na casa das pessoas não têm dó, um movimento em falso e eles matam a pessoa, matam por qualquer coisa. A polícia sai para defender a sociedade, sem saber se retorna. E o que lamentamos muito é o tratamento que parte dos governantes da esfera federal deu para este caso”, declarou um dos autores da propositura, vereador Policial Maurino.
Em sua fala, o vereador coautor da iniciativa, Gustavo Siqueira, criticou o pronunciamento do ministro da Justiça e de pessoas ligadas aos Direitos Humanos que repudiam a ação da PM, iniciada após o homicídio do policial. “O assassinato do soldado Reis é uma coisa que todas as Casas de Leis do estado de São Paulo devem ter representantes que falaram sobre isso, porque senão esse acontecimento vai ao vento. Muitos foram policiais entraram em contato para que esse acontecimento fosse colocado em pauta ressaltando o absurdo que foi. Vai aqui meu apoio total à Polícia Militar do estado de São Paulo e ao secretário Derride”, completou o coautor vereador Gustavo Siqueira.
“Parabenizo a iniciativa em solidariedade à família do policial assassinado. Ninguém quer uma pessoa morta, um policial morto e precisamos fazer essa reflexão, porque o nosso país tem uma polícia que mais mata, mas também uma polícia que mais morre. Mas, temos uma polícia para fazer justiça, não vingança e o que entendi da fala do ministro foi que houve desproporcionalidade no uso de forças, visto que o assassino já se entregou”, analisou a vereadora Inês Paz (PSOL).
Já o vereador Iduigues Martins (PT) também se solidarizou e repudiou a violência contra os policiais. “Mas o que temos que ter também é um respeito aos Direitos Humanos. A polícia existe para prender e levar às barras da justiça, a polícia existe para ser respeitada e não temida. Me solidarizo com a família do policial e milhares de outras, mas a polícia boa é a que investiga, que prende e encaminha à justiça, aqui no Brasil não existe pena capital”, concluiu Martins.
“O Brasil é um país que vive em guerra não declarada. Cerca de 6 mil policiais morreram só o ano passado neste fronte de combate ao crime e aproximadamente 50 mil pessoas morreram por arma de fogo, enquanto que na Síria que é um país declaradamente em guerra morreram 25mil pessoas o ano passado. Então, cade as políticas públicas de verdade né? Há poucos meses um policial Militar me ligou e relatou que ainda não foi aprovado nem pró-labore da classe, cade a política pública para os policiais? E qual é a política pública disponível para os nossos jovens”, ressaltou o vereador Edinho (MDB).