Lista dos funcionários do cemitério São Salvador, no Parque Monte Líbano, e seus respectivos horários de expediente, relatório com as medidas de segurança adotadas até o momento no local pelo Executivo — para conter os constantes furtos — e catálogo que reúna inscrição cadastral dos ferros-velhos da Cidade.
Esses são os principais dados que a CEV (Comissão Especial de Vereadores) dos Furtos em Cemitérios exigirá do prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha (PODE).
Para tanto, três ofícios foram assinados pelo colegiado parlamentar na tarde desta terça-feira, 16, durante a primeira reunião de trabalho do grupo, realizada na Sala Doutor Sérgio Nogueira, na sede do Legislativo.
Participaram do encontro o presidente da CEV, Policial Maurino (PODE), e seus demais integrantes: Osvaldo Silva (REP), Edson Santos (PSD) e Johnross (PODE).
“Queremos saber se os funcionários viram alguma coisa estranha, se perceberam alguma movimentação suspeita. Também vamos ouvir parentes que tenham entes queridos no cemitério e que tenham sido vítimas desses furtos. Vamos colher novas denúncias”, disse Maurino.
Ainda de acordo com o presidente da CEV, a Polícia Militar será acionada para proteger os vereadores em blitze que serão feitas em ferros-velhos.
“Vamos pedir apoio da Polícia Militar para inspeções que faremos nesses comércios. Se alguém furta, é porque alguém compra. Queremos saber para onde estão sendo levados esses materiais”, comentou Maurino.
Também fará parte dos trabalhos a elaboração de levantamento dos casos registrados na Polícia Civil.
“Precisamos entender se as ocorrências de furtos que chegam até nós estão sendo oficialmente registradas nas delegacias. Sem dados, fica difícil para as forças de segurança atuarem”, comentou Maurino.
Já o vereador Edson Santos conta que visitou o cemitério São Salvador no último domingo. “Domingo passado estive lá e verifiquei que o problema persiste: basta olhar para a quantidade de sepulturas com grades ou outros adornos arrancados, que ainda é bastante alta.
Metade do cemitério recebeu holofotes. Porém, a outra metade continua no escuro. Além disso, somente a iluminação não é suficiente para resolver o problema. Precisamos melhorar as concertinas, colocar câmeras de monitoramento e ter mais rondas da guarda-municipal”.
Por sua vez, Johnross conta que também foi procurado por famílias que sofreram com esse tipo de furto. “Chegaram muitas reclamações. São pessoas que tiveram os túmulos dos parentes violados, e isso é mais do que um furto comum. Acaba mexendo com o psicológico. É por isso que a resposta do Legislativo é urgente e muito importante. Vamos entender todo o contexto: saber horários, quais medidas de segurança serão colocadas e combater aqueles que compram esses materiais, isto é, descobrir quem são os possíveis receptadores”.
Por fim, Osvaldo Silva também comentou sobre a atuação da CEV. “Essa CEV veio para ajudar e para aliviar a angústia da nossa população”.
Grades de jazigos, enfeites, esculturas, molduras de fotos, imagens de santos, vasos, entre outros itens metálicos, especialmente de prata e bronze, são exemplos de itens alvo de furtos no cemitério São Salvador. O vereador Gustavo Siqueira (PSDB) também faz parte da Comissão Especial.
