O presidente da Câmara Municipal de Mogi das Cruzes, Marcos Furlan (PODE), participou na tarde desta sexta-feira, 5, da reinauguração do Centro e Memória dos Expedicionários Mogianos, localizado no número 375 da Rua Cel. Souza Franco, no Centro da Cidade.
O local recebeu intervenções hidráulicas e elétricas, salas interativas com telões que mostram vídeos com depoimentos de alguns pracinhas mogianos, além de um novo layout para exibição do acervo.
O espaço cultural reverencia a participação de mogianos na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Os soldados integrantes da Força Expedicionária Brasileira (FEB) foram carinhosamente apelidados de “pracinhas” pela mídia da época, mas também eram conhecidos como expedicionários.
Única força militar latino-americana a participar do confronto mundial na Europa, a FEB derrotou os alemães em fevereiro de 1945, conseguindo retomar o controle da Cidade italiana de Monte Castello.
Durante as décadas que se seguiram ao conflito, os pracinhas mogianos receberam inúmeras homenagens, especialmente em desfiles cívico-militares, por terem vencido o fascismo e o nazismo.
O presidente do Legislativo disse que a história dos pracinhas fez parte de sua infância.
“Cresci ouvindo as histórias dos nossos expedicionários. Principalmente as do seu Miled [Miled Cury Andere, 1920/2020], que era vizinho do prédio do apartamento do meu pai. Essa história de luta é muito bonita. Sim, foi um evento que ninguém gostaria de participar, que foi a Guerra. Porém, os mogianos não fugiram à luta: foram para Itália, representaram muito bem todos os brasileiros, ajudando a retomar a paz mundial. Tudo isso precisa ser lembrado à altura, o que estamos fazendo e garantindo no dia de hoje”.
A secretária municipal de Cultura, Claudinéli Moreira Ramos, contou que pretende otimizar as visitas dos munícipes ao Centro e Memória dos Expedicionários.
“Esperamos que este local seja cada vez mais ocupado. Que muitas crianças, muitos jovens, muitos adultos e muitos idosos venham conhecer esse polo de memória tão rico. Que Mogi seja exemplo de uma cultura de paz”, disse Moreira Ramos.
Maurício Juvenal, secretário Municipal de Governo, representou o prefeito da Cidade, Caio Cunha (PODE), no evento. “É muito importante homenagear as nossas referências históricas, que não são apenas de Mogi, mas de todo o Estado de São Paulo e do país. O museu é uma conexão entre passado, presente e o futuro. É essa ligação que queremos dos nossos homens públicos”.
A solenidade contou ainda com Luciano Ribeiro dos Santos, instrutor-chefe do Tiro de Guerra, Beth Nogueira — filha do pracinha Paulo de Carvalho—, Márcia Andere — filha do expedicionário Miled Cury Andere —, com Jony Rodrigues, secretário municipal de Gestão Pública, com Fábio Fachin, representante do secretário de Estado do Turismo, Roberto de Lucena, com Glauco Ricciele, diretor do Departamento de Patrimônio e Arquivo Histórico de Mogi das Cruzes, entre outras autoridades.
O novo museu conta também com duas mini-salas de cinema que passam depoimentos em vídeos sobre os pracinhas mogianos. No acervo, também são atrações placas com os nomes dos mortos no combate, livros sobre o holocausto, maços de cigarro da época, cantis, marmitas, armas, munições, medalhas, broches, uniformes, fotografias, documentos etc.
