Na sessão ordinária desta quarta-feira (23) os vereadores de Mogi das Cruzes aprovaram o Requerimento nº 152/2022, apresentado pelo vereador policial Maurino (PODE). A propositura consignou votos de profundo pesar pelo falecimento da Professora Patrícia de Souza, aos 47 anos.
Diagnosticada com endometriose desde o início do ano, Patrícia trabalhava na Rede Pública há 25 anos. Patrícia deixou o pai e uma filha de 10 anos.
“Fizemos essa Moção para nos solidarizar com a família de Patrícia, vítima de um descaso médico, e para que, como legisladores, valorizemos os profissionais da Educação. Essa professora mesmo com dores e com sua saúde debilitada seguiu trabalhando. Que essa Casa de Leis possa, como temos feito, seguir valorizando os profissionais que fazem com que a Educação do nosso país caminhe a passos largos”, declarou o coautor do projeto, Policial Maurino.
“É importante que a população saiba o que a nossa profissão está passando. Embora eu não esteja mais em sala de aula, sou educadora e vivencio as dores dos nossos educadores. Vejam a que ponto estamos chegando com esse sistema que destrói e mata, essa professora passou por uma consulta e não foi respeitado o laudo do médico, negaram a sua licença. Nós sabemos que todos vamos morrer, mas morrer assim jovem por descaso médico é lamentável. Trabalhar com educação já é difícil, imaginem quando se tem as piores condições de trabalho, quantos outros passam por esse sofrimento? Por isso, é preciso investir no funcionalismo público e na Educação. Porque depois que morre não tem nada mais a salvar. Precisamos pensar no dia a dia dos professores, que estão adoecendo, que estão sobrecarregados e numa área com falta de funcionários muito grande. É preciso ter vontade política, porque solução tem, falta vontade” pontuou a vereadora Inês Paz (PSOL).
“Também quero me solidarizar, lamentar e comentar sobre essa vida que se foi tão cedo, fruto de uma visão do Estado brasileiro para economizar dinheiro. Essa professora, aos 47 anos, perdeu sua vida por não receber as condições para focar no tratamento da sua enfermidade. A previdência social brasileira está deixando milhões de pessoas sem o amparo necessário do auxílio doença para se tratarem. É muito triste”, complementou o vereador Iduigues Martins (PT).