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Legislativo promove seminário de conscientização e combate a automutilação
09/09/2022 - 16:57:00

Na manhã desta sexta-feira (09), a Câmara Municipal de Mogi das Cruzes promoveu um seminário da Semana Municipal de Prevenção, Conscientização e Combate à Automutilação. O evento contou com palestras da psicóloga Juliana Falchete e do coordenador do Projeto Help, Hudson Marlon.

Essa semana de conscientização entrou no calendário de eventos do município por iniciativa do vereador Osvaldo Silva (Rep) e foi aprovada pelo plenário no mês de março deste ano (Lei 7.783/2022). A Semana Municipal de Prevenção, Conscientização e Combate a Automutilação prevê ações preventivas a serem realizadas anualmente na primeira semana do mês de setembro, período em que se realiza a campanha “Setembro Amarelo”, que aborda a Conscientização e Prevenção ao Suicídio.

“É um evento de extrema importância para a nossa cidade, justamente por se tratar de um assunto que fala sobre conscientizar a nossa população de um problema que causa uma dor silenciosa em nossos jovens e adolescentes, e que na maioria das vezes não é detectado pelas famílias e pela sociedade”, pontuou Osvaldo Silva.

A secretária municipal de Assistência Social, Celeste Gomes, que representou a Prefeitura no evento, ressaltou a importância do seminário e falou sobre o trabalho de assistência social do município. De acordo a secretária, Mogi das Cruzes possui 460 pessoas em acolhimento institucional, sendo que mais de cem são crianças ou adolescentes. “Esse é um canal de extrema importância para que a gente consiga saber quais são os protocolos a serem seguidos. Precisamos estar engajados para que possamos levar as informações para as escolas e para os serviços públicos”, pontuou.

A primeira palestrante, a psicóloga Juliana Falchete, falou, dentre outros assuntos, sobre o problema da automutilação, que pode ser iniciado ainda na infância. A psicóloga também falou sobre a prevenção dos problemas mentais, que passa por uma rotina saudável e por questões sociais e políticas públicas. “O que previne em saúde mental? Alimento saudável, hidratação, descanso, boas relações com o outro e consigo, aprender coisas novas, cultura, lazer, ter um teto, ter segurança, não passar frio, não passar fome. Por isso que eu falo que é um tema que expande muito mais para questões de saúde”, ressaltou.

Ainda sobre o que pode ser feito para prevenir ou identificar problemas mentais nos jovens, Juliana aconselhou a aproximação dos pais e da família. A profissional afirmou que existe uma barreira de comunicação entre os jovens e as famílias. Nesse sentido, os pais precisam ouvir e entender os filhos, “entrar no mundo” dos jovens.

Hudson Marlon, o segundo palestrante do evento, falou sobre o Projeto Help, do qual é coordenador. “O trabalho do Help busca salvar vidas. A gente sabe que existem vários problemas, mas nada mais importante do que lutar para viver. Não importa se houve decepções, julgamentos ou rejeições, podemos recomeçar”, pontuou Marlon. O projeto foi criado em 2017, com a finalidade de ajudar jovens que têm depressão, ansiedade, sofrem com automutilação e desejo de suicídio. No Projeto, que tem um viés laico e voluntário, são oferecidas palestras, atendimentos e campanhas de prevenção aos problemas relacionados à saúde mental.

A automutilação é definida como qualquer comportamento intencional envolvendo agressão direta ao próprio corpo sem intenção consciente de suicídio. As formas mais frequentes dessa autopunição são bater em si mesmo, cortar a própria pele, queimar-se ou arranhar-se. As práticas geralmente têm como objetivo o alívio de dores emocionais e, em grande parte dos casos, tem sido observada sua crescente associação a problemas como depressão, violência sexual, transtorno bipolar, síndrome do pânico, bulimia, anorexia, bullying, transtornos alimentares, dentre outros problemas.

Em Mogi das Cruzes, de acordo com dados da Vigilância Epidemiológica, entre 2019 e 2020, foram registrados 111 casos de violência autoprovocada. Dentre esses casos, a maior predominância é de crianças e adolescentes entre 10 e 18 anos, dos quais 80% pertencem ao sexo feminino.

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