Na sessão ordinária desta terça-feira (02), primeira após o recesso legislativo de julho, a Câmara Municipal de Mogi das Cruzes aprovou a Moção nº 89/2022, de autoria da vereadora Inês Paz (PSOL). A iniciativa consignou votos de aplausos e congratulações à Frente Popular pela Cultura de Mogi das Cruzes, pela realização da “Desvirada Cultural”, evento organizado em protesto ao pequeno investimento em cultura na cidade e em favor de Políticas Públicas de Fomento para Cultura.
A Desvirada Cultural ocorreu no último final de semana, dias 30 e 31 de julho e reuniu cerca de 120 profissionais da Cultura em vários espaços culturais da cidade. “A provocação irônica evoca um olhar às políticas públicas que propiciem a continuidade, pesquisa, criação e desenvolvimento das Manifestações Artísticas e Culturais do município”, pontuaram os parlamentares, no documento apresentado ao Plenário.
“Quero cumprimentar o pessoal da frente pop de cultura de Mogi das Cruzes, e dizer que eu fiquei bastante emocionada de participar da Desvirada Cultural que foi numa demonstração da sociedade civil organizada que quando ela tem um ideal, batalha e faz. Estamos discutindo a cultura e a gente vê que cada vez mais é retirado investimento e orçamento e esses artistas proporcionaram durante 24 horas a cultura raiz pela nobre missão de ser artistas no centro e de forma descentralizada nos bairros. E essa é uma batalha que essa Câmara e a Prefeitura deveriam se envolver muito mais”, declarou Inês Paz.
O vereador Iduigues Martins (PT) aproveitou a fala para comentar sobre a vinda da prefeita em exercício para esta sessão que marca a retomada dos trabalhos legislativos no segundo semestre deste ano. Martins argumentou que pelo segundo ano consecutivo o chefe do Executivo não é aberto um diálogo entre os dois poderes.
“O assunto aqui é a falta de política pública para a cultura. Falou-se um monte de coisa ali sem que ninguém pudesse contestar. Os militantes da cultura deram um belo exemplo, de que é possível ir para a rua e fazer a cultura popular, e foram 24h de apresentações gratuitas. Enquanto isso jornal de Poá, que nem circula na cidade recebe verba publicitária da Prefeitura. Qual é o apoio dado à cultura em nossa cidade? Qual é o debate? ”, questionou Iduigues.
“Por fim, quero parabenizar os guerreiros e guerreiras que fizeram cultura sem receber um real”, concluiu Iduigues.