Foi aprovada pelos vereadores de Mogi das Cruzes, na sessão ordinária desta terça-feira (12), a Moção nº 84/2022, de autoria de Iduigues Martins (PT) e da vereadora Inês Paz (PSOL). A propositura consignou votos de profundo pesar pelo assassinato do guarda municipal e dirigente do Partido dos Trabalhadores (PT), Marcelo Arruda, que foi morto em sua própria festa de aniversário pelo bolsonarista José da Rocha Guaranho.
O crime, que teve motivações políticas, ocorreu em Foz do Iguaçu, na casa da vítima.
“É preciso paz na política. Faço política há 40 anos. Nunca vivi um momento tão violento. Vi o ex-presidente Lula perder várias eleições. Em nenhum momento vi uma cultura do ódio tão forte: mostrar faca no pescoço, fazer arminha com a mão, desrespeitar juízes etc.”, disse Iduigues Martins (PT).
Inês Paz (PSOL), co-autora da Moção de Repúdio, também se revoltou com o ato violento. “Foi um crime político. O presidente Bolsonaro estimula a violência. Não dá para dizer que existe polarização entre PT e bolsonaristas. Polarização era entre PT e PSDB, quando havia debates de ideias. O que acontece hoje é uma ideia fascista. O que mais pode acontecer nesta campanha?”.
Otto Rezende (PSD) defendeu mais moderação de ambos os lados. “Não podemos tolerar a intolerância política. Há casos em que se estimulam integrantes do MST para invadir terras, houve o episódio em que o presidente foi esfaqueado. Também ocorreu de estimularem as pessoas a irem até as casas dos deputados para fazer arruaça a fim de influenciar em votações. Tudo isso vem tornando nosso país intolerante e polarizado. Esperamos que haja eleições tranquilas”.