O Legislativo de Mogi das Cruzes, em sessão ordinária nesta terça-feira (17), aprovou a Moção 61/2022, de autoria da vereadora Inês Paz (PSOL) e do vereador Edson Santos (PSD). A iniciativa formaliza apoio à luta dos Movimentos LGBTQIA+ de Mogi no Dia Internacional ao Combate à LGBTfobia, celebrado em 17 de maio.
No documento apresentado ao Plenário, a vereadora lembrou que há 32 anos a homossexualidade foi excluída da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID), da Organização Mundial da Saúde (OMS). Com isso, a data se tornou um marco histórico mundial de combate ao ódio e à discriminação da população LGBTQIA+.
Inês Paz (PSOL) lembrou que esse público é constantemente alvo de preconceito e violência. “Hoje, Dia 17 de Maio, é uma data importante para relembrar o Dia 17 de Maio de 1990, quando a OMS retirou a homossexualidade da lista de transtornos mentais. Ou seja, não é doença. Queremos aplaudir a data, ajudar na conscientização e na valorização da vida. Isso porque essas pessoas continuam sendo assassinadas e perseguidas somente por serem aquilo que são”.
Edson Santos (PSD), coautor da Moção, também falou sobre a importância da inclusão das pessoas LGBTQIA+. “Precisamos que o poder público tenha algo que marque a data. Esse tema tem que ser tratado. Que maio fique marcado na cabeça de todas as pessoas”.
Iduigues Martins (PT) falou sobre a urgência em se reduzir os crimes contra esse segmento da sociedade. “Subscrevi a moção com muita certeza e orgulho. Não é uma invenção brasileira essa data. Afinal de contas, ela está no calendário mundial. Aprovar essa moção trata-se de defender a dignidade humana, de repudiar a violência contra esse público. Infelizmente, o Brasil ainda é muito preconceituoso. Precisamos chamar o debate para esse tema. Mesmo que uns e outros não concordem, é preciso respeitar”.
Zé Luiz (PSDB) foi mais um vereador a defender a proposta. “Espero que logo chegue o dia em que possamos falar desse assunto sem medo, sem brincadeiras, sem tabus. Ninguém escolhe ser discriminado”.