Na sessão ordinária desta quarta-feira (20), a Câmara Municipal de Mogi das Cruzes rejeitou, com treze votos contrários, a Moção 51/2022, assinada por oito vereadores. A proposta faz um apelo à Prefeitura pela reabertura das negociações do acordo coletivo dos servidores municipais. Assinaram a Propositura os vereadores Edinho (MDB), Edson Santos (PSD), Iduigues Martins (PT), Inês Paz (PSOL), Francimário Vieira Farofa (PL), Marcelo Brás do Sacolão (PSDB), Zé Luiz (PSDB) e Mauro do Salão (PL)
De acordo com os parlamentares autores da Moção, o acordo coletivo assinado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública Municipal de Mogi das Cruzes e Guararema (SINTAP), no último dia 19 (terça-feira), deixou os servidores públicos insatisfeitos. Nesse sentido, os servidores solicitaram à Câmara Municipal uma intermediação, junto ao prefeito Caio Cunha (Pode), para a realização do acordo.
Na última terça-feira (19), os servidores públicos fizeram uma manifestação em frente à Prefeitura. A intenção do protesto era a reabertura das negociações do acordo coletivo e melhorias na situação dos servidores públicos em Mogi das Cruzes. Na ocasião, muitos servidores denunciaram perseguição da Prefeitura e desvalorização e desrespeito com os servidores públicos por parte da equipe do prefeito Caio Cunha (Pode).
“Acho um gesto nobre e importante: todos os vereadores apoiarem a caminhada dos servidores para dialogar. Conheço o Sintap e não sei o que ocorreu na Assembleia, mas os funcionários entendem que devem dialogar”, argumentou Iduigues Martins.
“A gente sabe que a questão do dissídio coletivo é uma pauta que unifica todos os setores do funcionalismo público. É preciso levar em consideração que o diálogo não foi feito da melhor forma possível, pois já tivemos questões colocadas pela própria Prefeitura que não foram explicadas. Era importante tudo isso ser mais trabalhado para que toda a categoria tivesse o conhecimento da questão central. Sentimos um desprestígio e desvalorização com o funcionalismo público, que não é ouvido”, complementou Inês Paz.
“Os servidores pediram simplesmente uma agenda com o prefeito e com os secretários, para que se estabeleça um diálogo. Eles falam que foi uma minoria do sindicato que aprovou o acordo”, pontuou Farofa.
"Justa reivindicação dos servidores. Houve um erro de comunicação da gestão. Existe o ideal e o possível e nós precisamos pensar no Município. Estou do lado do servidor porque sou servidor”, afirmou Zé Luiz.
A vereadora Fernanda Moreno (MDB), que votou contra a reabertura de negociações, afirmou que não concorda com a Moção e que houve melhorias para os servidores. “A gente sabe que não há mais tempo para negociação e o sindicato já fez o papel dele. A Prefeitura está dando uma recomposição salarial de 10,92%, além do aumento do vale alimentação de quase dois mil servidores”, afirmou.
“Precisamos olhar o contexto do Brasil e das cidades vizinhas para entender que existiu um esforço da Prefeitura Municipal. Talvez não seja o ideal, mas é um esforço de valorização”, ressaltou Malu Fernandes (SD).