Na manhã desta quarta-feira (6), o Legislativo mogiano recebeu na sede da Casa de Leis a visita de cortesia do novo comandante Comando de Policiamento de Área Metropolitana 12 (CPA/M-12), Coronel PM Wagner Giurne Gomes. Participaram da reunião o presidente da Câmara, Marcos Furlan (PODE), a primeira vice-presidente, Malu Fernandes (SD), os representantes da Comissão Permanente de Segurança e Transporte: Iduigues Martins (PT), José Francimário, o Farofa (PL), Policial Maurino (PODE); e os vereadores Eduardo Ota (PODE), Carlos Lucarefski (PV), Osvaldo Silva (REP) e Pedro Komura (PSDB).
“A voz do vereador é a voz da população. Nós utilizamos de todos os meios possíveis, Indicação, Moção, para fazer o repasse das demandas dos munícipes, e, em atuação conjunta, aumentar a sensação de segurança na nossa cidade. Esse diálogo, essa aproximação é primordial para que possamos não só levar essas notícias à população, mas também entender o lado da polícia e da Segurança Pública para também explicar às pessoas sobre as dificuldades existentes”, apontou Furlan (PODE).
“Sabemos dos diversos problemas e precisamos nos unir para resolver. É importante a integração das forças policiais. Já estamos convocando (através dos comandantes dos batalhões) os secretários de segurança pública dos municípios para envolver os guardas civis e a polícias civil nas operações”, explicou o coronel Giurne.
O comandante do CPA-M/12 também fez um apelo para que a população seja orientada pelos vereadores a registrar as ocorrências, pois é com base nos registros que a Polícia Militar consegue realizar um planejamento estratégico para minimizar o problema da insegurança nos locais com maior incidência de criminalidade.
Em sua fala, Giurne também reforçou a importância do programa vizinhança solidária que conta com a participação ativa da comunidade.
“Há possibilidade de nós termos na cidade, principalmente na zona rural, Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Militar (DEJEM)? Ou que pelo menos sejam iniciados estudos, por parte do 17º Batalhão para analisar a possibilidade de implantar aqui na nossa cidade, e, desta forma dar uma maior sensação de segurança para nossa população? ”, questionou o Policial Maurino (PODE).
Coronel PM Giurne, por sua vez, ressaltou que é possível viabilizar estudos neste sentido. No entanto, informou que a prioridade da polícia são as áreas com maiores índices de criminalidade.
“Estamos desenvolvendo um trabalho diferenciado na Comissão de Segurança e Transportes, realizando audiências públicas de forma descentralizada nos distritos. Inclusive fizemos a primeira em Sabaúna, cuja Ata iremos encaminhar ao senhor. Mas, estamos recebendo uma reinvindicação do distrito de Taiaçupeba onde havia uma base com dois policiais militares e uma câmera 360 graus. Estamos há uns meses com um déficit de policiais. Precisamos ver soluções para a base, se conseguirmos rever isso ou pensar em uma parceria com a Prefeitura, através da Guarda Municipal”, anunciou Farofa (PL).
O vereador do PL também lembrou dos desafios de Sabaúna em relação aos pancadões, som alto e furtos, especialmente nos fins de semana quando aumenta o fluxo de pessoas no distrito que é um importante ponto turístico de Mogi das Cruzes.
“A atividade delegada é uma cobrança que temos feito junto ao Executivo e à Polícia Militar. Desde o ano passado temos batido nesta tecla, pois sabemos que o efetivo da polícia é enxuto e a atividade delegada poderia ajudar nessa parte”, salientou Prof. Edu Ota (PODE).
O vereador Carlos Lucarefski (PV) destacou que no distrito de Braz Cubas, o maior e mais populoso de Mogi das Cruzes, aumentaram as ocorrências de furtos de veículos e que ambos os problemas têm perturbado a paz dos moradores.
Marcos Furlan (PODE) sugeriu a realização de uma ação integrada entre a Polícia Militar, a Guarda Municipal, resultando em uma força tarefa direcionada a situações em que há perturbação da paz e da ordem.
Coronel PM Giurne respondeu que além do policiamento nestes locais, já foi dada a ordem de realizar fiscalização conjunta da PM com o Ministério Público (MP), com o poder de interditar os empreendimentos que não estejam com a documentação adequada.
O vereador Osvaldo Silva (REP) falou sobre a parceria que a Igreja Universal desenvolve com a Polícia Militar.
Já o vereador Pedro solicitou a alteração no horário de fechamento das adegas, tendo em vista os transtornos que têm causado à população. E, por fim, pediu que a Polícia Militar mantivesse o apoio para manter a paz dos moradores da zona rural.
“Segurança pública é um desafio muito grande, porque o efetivo está bem defasado e o Estado não consegue suprir na proporção dos afastamentos, aposentadorias e mortes. O que nós queremos aqui na Comissão de Segurança é ter essa interação. As escolas hoje em dia apresentam casos de violência, brigas, e necessitam da ação da polícia. Então são vários pontos, mas eu gostaria de ressaltar esse apoio próximo as escolas, coibindo a venda de drogas, agressão aos professores e entre os alunos”, demandou Iduigues (PT).
“Uma forma de minimizar isso é a integração das forças policiais. Nas escolas, temos o Programa de Ronda Escolar, que tem atendido diversas ocorrências e pode ser acionada tanto pelo 190 quanto pelo 181”, informou o comandante do CPA-M/12.
Malu Fernandes (SD) indagou sobre o efetivo de mulheres na instituição e a importância da atuação de policiais femininas nos casos de violência doméstica. A vice-presidente ainda solicitou informações sobre a situação atual do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) na cidade.
Sua fala foi complementada pelo vereador Maurino (PODE) que, tendo sido instrutor do Programa durante anos, relatou que aqui em Mogi das Cruzes o Programa está suspenso, e que no 17º Batalhão só há um instrutor apto para atuar no Proerd.
Finalizando a reunião, o Comandante Giurne informou que será feito um levantamento dos policiais que apresentam os requisitos para atuação como instrutores do Proerd, para que, em tempo hábil, sejam retomadas as atividades do Programa em Mogi das Cruzes.