Na sessão ordinária desta terça-feira (05), o Legislativo de Mogi das Cruzes aprovou o Projeto de Decreto Legislativo nº. 24/2021, de autoria da vereadora Inês Paz (PSOL). A iniciativa concede a José Arraes o título honorífico de Cidadão Mogiano pelos relevantes serviços prestados ao município na área de meio ambiente.
Inês Paz (PSOL) comentou a aprovação da Casa de Leis nesta tarde. “Todos os mogianos sabem da história que tem o Arraes. Ele sempre foi muito presente na evolução da nossa Cidade. Ele parte do seu próprio bairro, no Mogilar, mas sempre participou das lutas de Mogi, principalmente as ambientais”.
Iduigues Martins (PT) foi outro a elogiar o ambientalista. “Ele tem uma história muito bonita com nossa Cidade. José Arraes encabeçou uma batalha incansável para acabar com as enchentes que tanto afligiam o bairro do Mogilar. A história dele se confunde com a da nossa Mogi. Nada mais justo do que fazer essa homenagem”.
BIOGRAFIA
Nascido no dia 20 de abril de 1941, na cidade de Sidrolândia - MS, filho de Manoel Tadeu A. Arraes e Maria Aparecida A. Arraes, cursou o ensino superior na Universidade de Brasília - UNB, onde foi o segundo secretário da União Nacional dos Estudantes - UNE.
Concursado no Banco do Estado de São Paulo, S/A - BANESPA, ele chegou a Mogi das Cruzes em 1976. Em 1995, fundou junto a um grupo de vizinhos uma "Associação de Moradores", que depois foi denominada de "Associação dos Amigos do Bairro do Mogilar", que teve o Sr. Arraes como presidente por 23 anos consecutivos.
Na década de 90, o bairro do Mogilar sofreu com as cheias que avançavam diversos quarteirões a partir da calha. Entre os anos de 1997 e 1998, os moradores do bairro e as autoridades constituídas do Município conseguiram, junto ao Governo do Estado, recursos para desassorear e alargar as margens do rio Tietê, aumentando, em locais prioritários, mais de 60% a capacidade de vazão do rio Tietê.
Foi convidado, em nome da associação, a participar do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, entidade que congrega 36 Municípios formadores da Bacia Hidrográfica, todos situados na Região Metropolitana de São Paulo, inclusive Mogi das Cruzes. Ocupou por duas vezes a vice-presidência do "Subcomitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê/Cabeceias”.
Pela Associação do Mogilar, participou de todos os Conselhos Municipais de Mogi, sendo vice-presidente por diversas vezes do Conselho do Meio Ambiente, Educação, Saúde e Transporte.
Em 2001, fundou em Mogi das Cruzes o ICATI — Instituto Cultural e Ambiental Alto Tietê que tem até hoje a proposta de fiscalizar a Serra do ltapety, o Rio Tietê, as barragens do SPAT, o Saneamento Básico (água, esgoto, lixo e drenagem) e a Mata Atlântica. Através do ICATI, participou do Conselho Estadual de Meio Ambiente (CONSEMA) e suplente do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), da APCMA —Associação Paulista dos Consultores do Meio Ambiente, do Parque Chiquinho Verissimo, do Parque da Cidade de Mogi das Cruzes e outros.
Até hoje, participa do Conselho da APA (Área de Proteção Ambiental) da Várzea do rio Tietê, tendo inclusive sido eleito Secretário Executivo.
Participou de movimentos que nortearam algumas causas mogianas: Movimento de Combate à Corrupção, Movimento do "Lixão" — Aterro Não, Movimento dos Chacareiros, Movimento do Cadeião no bairro do Taboão, Movimento de coleta, destino e tratamento do lixo urbano, Movimento da Implantação do Parque das Nascentes do Tietê. Em Salesópolis, CONDEMA de Suzano, Movimento do tratamento da água em Taiaçupeba e esgotos em Suzano, Revisões do Plano Diretores de Mogi e Suzano, Movimento presidido pela OAB/SP para edição do Decreto Lei 42.827/98 de proteção da APA da Várzea do rio Tietê.
