A secretária adjunta de Saúde de Mogi das Cruzes, Andreia Godoy, e sua equipe técnica estiveram no auditório da Câmara de Mogi das Cruzes, na manhã desta terça-feira (25), para prestação de contas da Saúde. A audiência, que foi comandada pelo presidente da Comissão Permanente de Saúde da Casa, vereador Francimário Vieira Farofa (PL), atende ao artigo 52, XVIII, da Lei Orgânica Municipal, que determina que a Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, preste contas à Câmara a respeito das verbas destinadas à Pasta.
“Um evento muito importante para todos os cidadãos de Mogi das Cruzes, pois dá aos cidadãos a oportunidade de acompanhar de perto tudo o que está sendo feito pela saúde da nossa cidade”, ressaltou Farofa.
Na audiência, os diretores da Secretaria apresentaram dados referentes ao primeiro quadrimestre de 2021, tais como investimentos na Saúde, gastos totais, controle de doenças, números de procedimentos clínicos e cirúrgicos etc. Atualmente, há em Mogi das Cruzes 22 Unidades Básicas de Saúde, 20 Unidades Especiais, sete unidades de Saúde Mental e um hospital municipal em funcionamento, além de sete Unidades de Pronto Atendimento e treze Estratégias de Saúde da Família.
De acordo com as informações apresentadas, no primeiro quadrimestre do ano, isto é, nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril de 2021, a Prefeitura arrecadou R$ 392 milhões em impostos e empenhou R$ 109,5 milhões na Saúde. Empenho que, no quadrimestre, corresponde a 27,9% do valor arrecadado. O limite mínimo constitucional para aplicação na Saúde é de 15%. As Receitas vinculadas ao combate à pandemia da Covid-19 no município também foi informada durante a audiência. Mogi das Cruzes recebeu R$ 7,3 milhões do Governo do Estado de São Paulo e R$ 7,5 milhões do Governo Federal em 2021 para o combate à pandemia.
Durante o primeiro quadrimestre foram ofertadas 171.796 consultas na atenção primária da rede municipal de Saúde: 84.436 para médico clínico; 37.013 para ginecologista; 30.199 para pediatra e 20.148 para dentista. A secretária adjunta explicou que o atendimento ainda não está no ritmo normal.
“Vale ressaltar que ainda não estamos com o nosso atendimento 100%. Temos um déficit, tanto na parte do clínico quanto do GO (ginecologia e obstetrícia) e uma fila de demanda reprimida que estamos correndo atrás, desde o início do ano."
O absenteísmo, isto é, as faltas nas consultas agendadas na atenção básica, ficou em 19,2%. “Por conta da pandemia muitos pacientes ficaram com medo de aparecer nas consultas, principalmente na odontologia”, explicou Godoy.
Em relação aos dados da Covid-19, no primeiro quadrimestre de 2021, a Pasta mostrou que foram notificados 56.471 casos no município, sendo que, destes, 12.733 foram confirmados. Entre janeiro e abril Mogi das Cruzes teve 539 óbitos pela doença. Neste período foram aplicadas 98.812 doses da vacina contra a doença: 63.277 relativas à primeira dose e 35.585 relativas à segunda dose. Até abril foram contemplados com as vacinas idosos, indígenas, quilombolas, trabalhadores da Saúde, trabalhadores da Educação com mais de 47 anos e forças de segurança e salvamento. Alguns grupos beneficiados, conforme explicaram os técnicos da Pasta, dependem de liberação das vacinas pelo Governo do Estado.
Ao final do evento, o presidente da Câmara Municipal, vereador Otto Rezende (PSD), falou sobre a importância da audiência pública e alertou sobre as recentes dificuldades. “Como vereadores, temos que pontuar que a Saúde em Mogi das Cruzes não está fácil, está complicada. A Secretaria de Saúde precisa trabalhar muito para que possamos ter uma saúde razoável, pois estamos com demandas reprimidas em todas as áreas e por isso precisamos melhorar muito”.
Também participaram da audiência os vereadores prof. Edu Ota (PODE), Zé Luiz (PSDB), Inês Paz (PSOL), Edson Santos (PSD), Policial Maurino (PODE) e Mauro do Salão (PL).
