Foram aprovados pela Câmara Municipal de Mogi das Cruzes, na sessão ordinária desta terça-feira (08), os Projetos de Lei 114/2020 e 115/2020, ambos de autoria do prefeito Marcus Melo (PSDB). Os projetos criam e denominam um Centro de Educação Infantil (CEIM) em Jundiapeba e uma Unidade de Saúde da Família (USF) na Vila Nova União.
O Projeto de Lei 114/2020 cria e denomina o CEIM Vereador José Marcos Gonçalves, na Rua Benedito Rodrigues de Souza, no distrito de Jundiapeba. O Centro atenderá crianças de zero a cinco anos (creche e educação infantil). Já o Projeto 115/2020 cria e denomina a USF Dr. Francisco Miguel Cury, na Vila Nova União, na Rua Cel. Cardoso de Siqueira.
José Marcos Gonçalves nasceu no dia 25 de agosto de 1931, na cidade de Andradas, Minas Gerais. José Marcos passou sua infância na pacata cidade mineira, até que, em 1937, mudou-se com seus pais para São Paulo. Em 1945, ele e sua família resolveram mudar para Mogi das Cruzes, após uma visita realizada a um tio, residente na cidade nessa época. Inicialmente, moraram na Rua Professor Flaviano de Melo, 1.197, próximo ao Mercado Municipal, local este onde o pai de sua futura esposa, Paulina Valiengo, tinha um comércio. José Marcos e Paulina se conheceram em 1950 e no dia 20 de julho de 1952 se casaram. Construíram uma casa na Ponte Grande, onde residiram por trinta e seis anos.
Em Mogi, ocupou-se no ramo da alfaiataria. Logo em seguida, no final da década de cinquenta, trabalhou como iluminador na TV Tupi, em São Paulo e, posteriormente, como cinegrafista. Nesta época, Benoni, como começou a ser chamado em referência ao seu pai. Foi candidato a Vereador no Município pelo Partido Socialista Brasileiro, porém, não foi eleito por apenas seis votos. Trabalhou na Casa de Detenção durante alguns anos.
No início dos anos sessenta, foi eleito Vereador pelo Movimento Democrático Brasileiro. Manteve-se como Vereador por vinte e nove anos e, durante este período, foi Presidente da Câmara por quatro anos. Paralelamente, durante onze anos, trabalhou na Spauwen, fábrica de confecção de calças em Braz Cubas, como gerente de produção.
Um dos trabalhos de maior destaque durante o período como Vereador foi o de Presidente da Comissão Pró-Construção da Mogi-Bertioga. Estrada que era sonho dos mogianos e de moradores de toda a região do Alto Tietê. Benoni se fez ativo e presente no decorrer de todo o processo de construção da estrada. Em certa ocasião, durante uma visita às obras, foi vítima de um acidente, com consequente fratura de sua coluna e falecimento de seu amigo Vereador Narciso Yague Guimarães. No final dos anos oitenta, concluiu com excelência o Curso de Direito na Universidade Braz Cubas e obteve aprovação na OAB.
Francisco Miguel Cury nasceu no dia 5 de junho de 1943, na cidade de São Paulo, sendo o primeiro filho do comerciante Salim Cid Cury e de dona Desdemona Cury. Passou sua infância brincando ao lado dos cinco irmãos. Fez o primário no Externato Rangel Pestana e o Ginásio e o Técnico no Colégio Oswaldo Cruz, orientado para as áreas de Engenharia, Direito e Medicina.
Aos 15 anos de idade começou a trabalhar como vendedor e chegou ao posto de gerente. Atuou depois como técnico do Departamento de Microbiologia da Universidade de São Paulo (USP). Mas o seu sonho era ser médico. Prestou vestibular na Faculdade de Medicina da USP e não passou. Ali mesmo, viu o anúncio do primeiro vestibular de Medicina da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Fez a prova e foi aprovado. Imediatamente, matriculou-se na primeira turma e iniciou o curso, então, na Rua Senador Dantas, onde já funcionava a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. As aulas práticas aconteciam na Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes.
Mudou-se para Mogi das Cruzes e passou a morar na Rua Engenheiro Gualberto, na Vila Industrial, em uma "república" com dois colegas de sala. Fez residência na Clínica Médica da Santa Casa de Mogi durante 2 anos e foi o primeiro Professor Assistente de Patologia Clínica.
Recebeu o diploma de Médico em 1973, especializando-se nas áreas de Clínica Geral, Dermatologia, Medicina do Trabalho, Patologia Clínica, Saúde Pública, além de Medicina de Tráfego Aéreo e Terrestre. Dedicou-se ainda ao tratamento de pacientes com lepra, atendendo na área de Dermatologia e durante algum tempo trabalhou no Hospital Psiquiátrico do Juqueri, de Franco da Rocha. Deu aulas no Hospital das Clínicas de Suzano e conheceu o Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti, que dá nome ao Hospital de Jundiapeba.
No segundo dia em que se formou, já estava trabalhando no laboratório da UMC. Logo começou a trabalhar no Laboratório de Análises Clínicas Bonelli, onde ficou até 1974. Durante um período, também foi Professor do Colégio Policursos, no curso preparatório. Junto com o médico Glauco De Lorenzi, montou uma clínica com outros colegas. Começou a atender também na área de Clínica Médica. Depois fez a especialização na área, se transformando em um profissional respeitado em todo o Alto Tietê.