A Câmara Municipal de Mogi das Cruzes recebeu um abaixo-assinado com cerca de 900 assinaturas de comerciantes pedindo a abertura do comércio na cidade. O fato gerou discussão entre os vereadores, que opinaram sobre o assunto.
O vereador Mauro Araújo (MDB) criticou a postura do Governo de São Paulo, que iniciou a flexibilização do comércio na cidade de São Paulo, enquanto as demais regiões da Grande São Paulo continuam em quarentena. “Eu queria entender qual é o critério utilizado pelo Governo do Estado de São Paulo. Vamos ser sinceros, a população já não obedece mais às ordens dadas pela liderança do governador porque não consegue entender essas ordens. O que estamos vendo hoje é um descaso com a cidade de Mogi das Cruzes”, afirmou.
Já Protássio Nogueira (PSDB) enalteceu a importância da economia, mas ressaltou a necessidade de salvar as vidas das pessoas. “Ninguém aqui é contra a abertura do comércio, só que se pessoa quebrar se recupera, mas depois que você está dentro de um caixão não tem mais volta”, defendeu Protássio.
Iduígues Martins (PT) criticou o Governo Federal pela falta de políticas públicas para ajudar de fato as pessoas. “Bolsonaro deixa dez milhões de pessoas fora do auxílio de seiscentos reais e não se fala, atrasa o pagamento, mas fala que as pessoas estão morrendo de fome”, afirmou.
O vereador Rodrigo Valverde (PT) também se manifestou contra o Governo Federal. “Vejo muitas falas agressivas ao governador de São Paulo, mas não vejo falas agressivas ao presidente”, questionou Valverde.
“Estamos defendendo o emprego e a comida na mesa as pessoas tem que levar. O trabalhador autônomo não tem mais o que colocar na mesa para comer. Estamos defendendo o direito das pessoas de trabalhar”, retrucou o pastor Carlos Evaristo (PSB).
Os vereadores Cuco Pereira (PSDB), Francimário Vieira Farofa (PL), Caio Cunha (Pode), Péricles Bauab (PL), Marcos Furlan (DEM) e Taubaté Guimarães (PTB) também fizeram o uso da palavra para defender a flexibilização responsável do comércio da cidade.