A Câmara Municipal de Mogi das Cruzes, na sessão ordinária desta quarta-feira (12), aprovou o Projeto de Resolução 01/2020, que constitui a Comissão Especial de Vereadores (CEV) para estudos referentes à instalação de pedágio na Rodovia Mogi-Dutra.
A proposta, apresentada pelo vereador Mauro Araújo (MDB), terá a participação do próprio parlamentar, além de Edson Santos (PSD) e Marcos Furlan (DEM). “Nesse momento se torna imperativo a participação efetiva no Poder Legislativo, até porque nós já reclamamos, mas de concreto a cidade ainda não conseguiu nada. Se torna imperativo a criação de uma Comissão Especial para acompanhar isso”, explicou Araújo.
O vereador Caio Cunha (PV), que também se disse contra o pedágio, desaprovou a postura do prefeito Marcus Melo (PSDB) que, de acordo com Cunha, teria compactuado com o projeto do pedágio. “Para fazer um projeto como esse, com uma audiência pública, a Artesp precisaria pelo menos de um ok do prefeito municipal. Não venham me dizer que o prefeito, do mesmo partido do governador, não estava sabendo desse projeto. Por isso que é muito bom que essa CEV entre em vigor, pois as coisas vão ficar claras”, disse Cunha.
Durante a ordem do dia da sessão ordinária outros parlamentares se posicionaram acerca do pedágio proposto pelo Governo Estadual: “Pessoas da nossa cidade pagarão por esse pedágio e o recurso ainda não será revertido para o Município. Não podemos aceitar. Quero parabenizar o vereador Mauro por propor essa CEV. Utilizaremos todos os recursos necessários para barrar isso”, pontuou Furlan.
“O governo já privatizou algumas estradas estaduais e não podemos deixar que isso aconteça aqui na cidade. O governador não está nem aí para Mogi das Cruzes”, complementou o vereador Diegão Martins (MDB).
“É um pedágio que vai tirar mais emprego da gente. A gente tem que brigar pra tirar esse pedágio de dentro da cidade que vai atravancar o nosso desenvolvimento”, afirmou Otto Rezende (PSD).
“É uma luta de toda a cidade. Nesta Casa todos são unânimes contra a instalação do pedágio. Nós temos que nos unir, independente das posições ideológicas e cores partidárias”, argumentou Jean Lopes (PCdoB).
O vereador Francimário Vieira Farofa (PL) também se manifestou em relação à possibilidade de pedágio na Mogi-Dutra e também criticou o governador. “É bom para que todos saibam de fato quem é João Dória, que quer ser o presidente do país”, disse.
Já Cuco Pereira (PSDB) enalteceu a união da cidade contra o possível pedágio na Rodovia. “Várias manifestações já foram feitas, inclusive por moradores. A população se uniu e mostrou que não deseja e não quer o pedágio”.
Os vereadores do PT criticaram a forma com que o governador João Doria lida com os interesses do Município. “A cidade é governada pelo PSDB e nesta Casa há quatro vereadores do partido e não se consegue uma audiência com o governador. É desrespeito o que o PSDB tem por essa cidade”, argumentou Rodrigo Valverde.
“É uma comissão de suma importância. Uma ação no sentido de dialogar e pressionar o Estado de São Paulo para que não privatize a Mogi-Dutra”, complementou Iduigues Martins.
Protássio Nogueira (PSD) relembrou a Moção de repúdio, contra o pedágio, assinada pelos 23 vereadores da Casa em 27 de novembro de 2019. “Tomara que essa CEV atinja os objetivos maiores porque a Moção de repúdio não surtiu efeito algum”, disse.
Antonio Lino (PSD) propôs uma ação para barrar o pedágio. “Se tudo isso não valer eu acho que temos que tirar uma semana e fechar a Mogi-Dutra para que o governador sinta na pele o que é a cidade, a resposta do povo de nossa cidade”.
