A Câmara Municipal de Mogi das Cruzes, em sessão ordinária realizada nesta terça-feira (17), aprovou o Projeto de Lei 134/2019, de autoria do vereador Jean Lopes (PCdoB), que denomina a Rua Dez, no Residencial Veneza I, em César de Souza, dando-lhe o nome de Américo José Jimenes. O logradouro tem início na rotatória da Avenida A e término em uma rua sem saída.
Américo José Jimenes nasceu na zona rural de Mogi das Cruzes, no dia 30 de janeiro de 1931, sendo registrado no dia 2 de fevereiro de 1931, filho de imigrantes espanhóis: Juan Jimenes Santos e Josepha Aguiar Ruiz.
Quando ainda pequeno mudou-se para a zona urbana, na antiga Rua Tietê (hoje Rua Cabo Diogo Oliver) onde se divertia as margens do Rio Tietê. Estudou no Grupo Escolar Coronel de Almeida (hoje E.M. Coronel Almeida). Na sua juventude, ajudava seus pais e irmãos nos cuidados com a tropa de burros, que trazia das serras do Itapeti e da Serra do Mar, o carvão que abasteciam as casas de Mogi. Aos 18 anos serviu o exército na cidade de Caçapava, ao lado de outros mogianos, como os ex-vereadores Sethiro Namie e Ivan Nunes de Siqueira. Após esta etapa cumprida, resolveu morar em São Paulo, na casa de sua irmã Luiza. Trabalhou em uma fábrica fazendo objetos de madeira.
Voltou a sua terra natal, Mogi das Cruzes, desta vez trabalhando na Companhia Siderúrgica de Mogi das Cruzes (COSIM), tendo como seu chefe imediato Waldemar Costa Filho (ex-prefeito).
Decidiu abrir seu próprio comércio no bairro que na época estava em expansão: Brás Cubas. Era uma modesta quitanda com produtos das chácaras das redondezas. Em 1955 casou-se com Leonor Valiengo Jimenes e desta união vieram os filhos Américo Jimenez Junior, Rita de Cássia Jimenes e Marcio Jimenes.
Logo adquiriu sua própria casa na Avenida Capitão Manoel Rudge, onde com a união e colaboração dos demais moradores, formaram um grupo que juntamente com a prefeitura promoveram a pavimentação da via com paralelepípedos. Foi nessa época, anos 60 que seu sogro, um comerciante bem estabelecido no comércio de carnes no mercado municipal da cidade propõe uma sociedade para abrir mais uma unidade de sua rede.
Américo então se estabelece com a abertura de um açougue próximo ao córrego do Lavapés, na Rua Tenente Luiz Marcondes dos Santos (hoje Av. Narciso Yague Guimarães) que atendia os fregueses oriundos da parte rural e das cidades de Biritiba Mirim, Salesópolis entre outras. Nos anos 70 com o falecimento de seu sogro, a modernização dos supermercados e a abertura do Compus da Universidade de Mogi das Cruzes, resolve transformar o açougue em uma lanchonete para atender aos estudantes, "Lanchonete A Patota".
Nos anos 80 aposentou-se e se dedicou a família, faleceu em 01 de setembro de 2018, em razão de uma infecção generalizada, aos 87 anos, deixando esposa Leonor, 3 filhos, 9 netos e 6 bisnetos.
