A Câmara Municipal de Mogi das Cruzes, na sessão ordinária desta quarta-feira (23), aprovou o Projeto de Resolução 12/2019, de autoria dos vereadores Mauro Araújo (MDB), Caio Cunha (PV) e pastor Carlos Evaristo (PSD), criando a Comissão Especial de Vereadores – CEV, com a função de acompanhar, junto ao Poder Executivo, a apuração das denúncias do desvio de verba da folha de pagamento de servidores municipais.
De acordo com uma denúncia feita pela Prefeitura Municipal ao Ministério Público, o chefe de divisão que fazia a folha de pagamento, José Luiz Jurioli Filho, fraldava o sistema e transferia dinheiro público para sua conta pessoal. A ação acontecia desde 2017 e gerou um prejuízo de mais de R$ 1 milhão de reais à Administração Municipal. Com a denúncia, o servidor foi detido pela Polícia na última sexta-feira (18).
“O que importa para nós agora é saber se existem mais pessoas envolvidas ou falhas no sistema que possibilitou que esse acontecido fosse feito. Farei parte da comissão e garanto que não vou passar a mão na cabeça de ninguém”, garantiu Mauro Araújo.
A Comissão Especial de vereadores também buscará avaliar a necessidade de aprimoramento do sistema de pagamento dos servidores municipais, como transmissão de dados e gestão financeira da Prefeitura.
O Projeto foi aprovado com um voto contrário do vereador Rodrigo Valverde (PT), que acha necessário instaurar uma Comissão Especial de Inquérito – CEI. “Acho que é um caso gravíssimo, se não for neste momento que a Câmara Municipal vai abrir um inquérito não sei em qual momento poderemos abrir. Infelizmente a Casa ficou mais preocupada em não desagradar o Executivo do que investigar o desvio do dinheiro público”, justificou Valverde.
“A denúncia já foi feita pelo nosso prefeito Marcus Melo, por isso não seria viável constituir uma CEI”, explicou o vereador Francimário Vieira Farofa, líder do Partido Liberal na Câmara.
A Comissão será composta por três vereadores e terá um prazo regimental de funcionamento de 180 dias, podendo ser prorrogada por igual período.