A Câmara Municipal de Mogi das Cruzes realizou, na noite desta quinta-feira, 3, sessão solene comemorativa dos 100 anos da imigração japonesa em Mogi das Cruzes. O presidente do Legislativo, vereador Sadao Sakai (PL), juntamente com os vereadores Claudio Miyake (PSDB) e Pedro Komura (PSDB), são autores da homenagem a 12 entidades rurais, culturais e representativas da colônia japonesa. Receberam placas honrosas a seguintes entidades: Associação dos Agricultores de Cocuera, Sindicato Rural de Mogi das Cruzes, Associação Rural de Pindorama, Associação Rural de Porteira Preta, Bunkyo – Associação Cultural de Mogi das Cruzes, Associação Centro Cultura Esportiva de Mogi das Cruzes, Associação Sul de Mogi das Cruzes – Capela Km. 11, Associação Cultural do Rio Acima, Associação Cultural Agrícola de Biritiba Ussu, Associação Cultural Hinode (Quatinga), Associação Cultural Agrícola Itapeti e Associação Cultural Agrícola de Vila Moraes.
O evento contou com a presença do vice-prefeito Juliano Abe (MDB), que representou o Poder Executivo, do ex-prefeito Junji Abe, do juiz de Direito Thiago Massao Cortizo Teraoka, da major PM Patrícia Renesto, representando o CPA-M/12; do coronel da reserva da PM, Felício Kamiyama; do padre Diogo Shishito, representando a Diocese de Mogi; do gerente do Sebrae, Ricardo Gromik; e do presidente do Lions 2018-2019, Juventino Figueira Borges; do vereador Francimário Vieira Farofa, entre outras autoridades.
Imigração japonesa em Mogi
Foi em 18 de junho de 1908 que chegou ao Porto de Santos, o navio Kasato-Maru, trazendo 165 famílias de japoneses. Pesquisas indicam que de 1918 até 1940, aproximadamente 160 mil japoneses vieram morar em terras brasileiras. Neste ínterim chegaram a Mogi das Cruzes as primeiras famílias de imigrantes japoneses, que vieram com um único objetivo: a busca constante de ascensão social.
O pioneirismo coube, em julho de 1919, à família do senhor Shiguetoshi Suzuki e sua esposa Fujie Suzuki. Com 32 anos, vindo da província de Akita Ken, norte do Japão, ele não era um imigrante típico, sendo formado pela Escola Superior de Agricultura.
Logo após Suzuki, chegaram em Cocuera, em 1921, as famílias Yoneda, Utida e Matsumara. No ano seguinte, foi a vez de Takeji Suzuki, Kikutaro Suzuki, Yoshio Suzuki, Tetuzo Yoshida e Itiro (ou Ichiro) Konno, que chegou junto com os seus filhos Iko, Taro Konno, Tomika, Tomessake e Hiroshi. Em outras regiões da cidade chegaram as seguintes famílias pioneiras: a Porteira Preta, em 1920, foi ocupada por Hatiro Nishie e sua esposa. Em 1926, proveniente de Yokohama, chegava Kenji Neguishi, que mais tarde casou-se com a filha de Nishie, Kiyoko. Nos bairros de Sabaúna e São Silvestre já estavam os espanhóis. Apesar de o pioneiro Shiguetoshi ter estado por ali na fazenda do espanhol Cocito, o imigrante Hitiro Nakamura ocupou aquela região. Em Botujuru, Keisaburo Honda e Yassutara Meijua chegaram em 1924. Em César de Souza, possivelmente em 1927, instalou-se a família Saito. Na Vila Moraes, Shohei Inui e família chegaram em 1928. Para a região de Biritiba Ussu, em 1932, foi a família de Tokuji Abe, que já havia chegado a Mogi na década de 1920. Ainda na mesma data, em 1932, em Itapanhaú, as famílias de Kumatsu e Kita foram as primeiras. Mais tarde, no Taboão, em 1946, chegou a família Fujinaga para se estabelecer atrás da serra do Itapeti. Não se sabendo a data, foi Tossaku Nakamura o primeiro japonês a morar em Taiaçupeba. Em 1947, no bairro de Pindorama chegaram Yoshie Teraoka, Ritsu Shiraishi, Shiguerahu Shiraishi. Finalmente, em Quatinga, em 1951, instalaram-se três famílias: Shigueyuki Konishi, Taneso Matoba e Miyoshi Tabata.