O Legislativo, na sessão ordinária desta quarta-feira (19), aprovou o Requerimento 123/2019, de autoria da totalidade dos vereadores, que consignou votos de profundo pesar pelo falecimento do ex-vereador Olímpio Tomiyama, ocorrido na última segunda-feira (17).
Olimpio foi velado ontem (18) no plenário da Câmara e às 16 horas foi sepultado no Cemitério Parque das Oliveiras, na Vila Oliveira.
Na sessão, muitos vereadores usaram a tribuna para exaltar a atuação do ex-vereador. “Cresceu e viveu de forma digna e honrada, cultivando sempre o espírito de sua fase preferida, a qual se tornou realidade em sua vida: hei de vencer”, ressaltou o vereador Protássio Nogueira (PSD), amigo pessoal de Olímpio.
“Foi um grande vereador, um amigo leal, companheiro de todas as jornadas e a gente acompanhou os últimos anos a sua luta com esta doença e infelizmente segunda-feira se chegou ao final”, lamentou o vereador Mauro Araújo (MDB).
Olimpio Osamu Tomiyama, filho dos imigrantes japoneses Sadamu Tomiyama e Tokuko Tomiyama, nasceu em Londrina (PR), em 10 de junho de 1949. Foi vereador por oito mandatos consecutivos na Câmara Municipal de Mogi das Cruzes. Em 1973 se casou com a professora e arqueóloga Nair Harumi Tanabe Tomiyama, com quem teve três filhas, a médica Simone, a arquiteta Samantha e a advogada Solange.
Em sua atuação política, Olímpio ocupou por mais de vinte e cinco anos, o cargo de membro da Comissão de Justiça e Redação, responsável pela análise de todos os projetos que tramitam perante a Câmara Municipal. Em 1990, foi relator da Lei Orgânica de Mogi das Cruzes, que é a constituição municipal, fato que lhe rendeu uma moção de aplausos, aprovada por unanimidade pelo Plenário do Legislativo.
Em paralelo a sua vida pública na política mogiana, em meados de 1999, Tomiyama foi coordenador do "NB NEWS - Boletim Informativo Nipo-Brasileiro - voltado para a história da comunidade nipo-brasileira de Mogi das Cruzes, no sentido de promover a integração com a sociedade.
Em São Paulo desenvolveu diversos trabalhos: aos 19 anos entrou na Indústria de Cosméticos Avon como auxiliar administrativo e, sete anos depois, já era Supervisor Jurídico Fiscal, de onde saiu para montar a sua distribuidora de ovos. Neste período, à noite, cursava Direito na Pontifícia Universidade Católica (PUC), tendo concluído a faculdade em 1977. Foi diretor da Cooperativa Agrícola em São Paulo e em 1978 veio para Mogi para assumir a Cooperativa Agrícola do Itapeti, onde ficou até 1982, quando, então, resolveu ingressar na vida pública e foi eleito como vereador pela primeira vez.
